O jornal Oficina Brasil preparou para você leitor uma nova seção destinada a quem tem paixão pelo automobilismo, através do patrocínio da equipe RS Racing, de propriedade do empresário e chefe de equipe Rui Salles na Copa Vicar de PickUp Racing. Com mais de 30 anos de experiência no ramo das competições, Rui atuou nos mais variados campeonatos automobilísticos, com especial destaque para a Stock Car Light até o ano de 2009. A cada edição será possível sentir na pele todas as experiências, dificuldades e glórias vividas pela equipe ao longo do disputado campeonato, que contará com a participação de 44 carros, sendo que o grid de largada do domingo comportará somente os 34 melhores na classificação do dia anterior, o que garantirá as mais emocionantes disputas, do início ao fim. Sediada na cidade de Guarulhos na grande São Paulo, o galpão da equipe conta com mais de 2000m² para a preparação dos dois carros, pilotados por Ítalo Silveira (carro # 31) e Leandro Romera (carro # 88). No local atuam cerca de 6 mecânicos especializados em montagem, ajustes e preparação dos componentes utilizados nos bólidos. Segundo o próprio Rui, “Como a organização da Stock Car não permite que façamos treinos por conta própria durante os dias que antecedem as corridas, o carro necessita sair daqui na quarta-feira prontinho, com todos os detalhes conferidos para que surpresas desagradáveis sejam evitadas após chegar no autódromo”. ![]() Para a temporada 2010 a carroceria será alusiva a Chevrolet Montana Inclusão O propósito da Copa Vicar de PickUp Racing é permitir que uma maior parcela de pilotos interessados em profissionalizar-se tenham a oportunidade de ingressar em uma competição de alto nível, para um dia pleitear alcançar a principal categoria nacional, a Copa Nextel de Stock Car. Atualmente para participar de todas as etapas do campeonato, os custos operacionais da equipe tais como o carro, motor, pneus, despesas de locomoção e hospedagem, alimentação, entre outras, costumam girar em torno de R$ 550 mil ao ano. Pode parecer muito, mas se comparado a principal categoria este valor representa ‘apenas’ cerca de 1/3! Veja a seguir todos os detalhes dos novos carros da categoria. ![]() Interior espartano, equipado apenas com itens indispensáveis a competição Motor Importado dos Estados Unidos pela JL Racing, empresa detentora dos direitos de comercialização dos motores, chassis e agregados, ele é fornecido sob comodato, ou seja, a equipe paga um aluguel para tê-lo durante a temporada. O custo gira em torno de R$ 6,5 mil ao mês. No final do ano ele deve ser devolvido para que seja efetuada a revisão geral. ![]() O V8 junto com o reservatório de óleo externo (cárter seco) Ele possui oito cilindros dispostos em ‘V’, 6,2 litros de capacidade cúbica, único comando de válvulas alojado no centro do bloco de ferro fundido, 16 válvulas acionadas por varão e balancim, cabeçotes de alumínio preparados em banco de fluxo, 8 velas, ignição eletrônica especial da marca MSD com módulo amplificador de centelha, pistões e bielas forjados. Diferente da categoria principal que correrá com injeção eletrônica de combustível Bosch e álcool, os carros da Copa Vicar de PickUp Racing serão alimentados com gasolina, bomba de combustível elétrica de alto volume da marca Holley e carburador do tipo Quadrijet da marca Demon, de acionamento mecânico do 2º estágio. Com esta configuração o consumo é de aproximadamente 2,5 km por litro e dependendo do circuito este valor pode ser menor. Devido a Esso ser a patrocinadora e fornecedora do combustível, as equipes recebem gratuitamente 110 litros por etapa, quantidade esta suficiente para encher o tanque de 70 litros para a corrida e rodagem nos treinos livres e classificatórios. A lubrificação é garantida pelo sistema de cárter seco (bomba e reservatório de óleo externos), que permite a fixação do motor mais próximo ao solo devido à altura do cárter ser menor, a contribuir para o melhor comportamento do carro em curvas. A eficiência no fornecimento dos 8 litros de óleo Mobil as partes móveis também passa a ser maior, com inferiores riscos de falta quando em situações de grande aceleração lateral, e a temperatura de trabalho do motor passa a ficar mais fácil de ser controlada, visto o grande volume auxiliar também no arrefecimento. A cada etapa o óleo e filtro são trocados preventivamente, assim como o líquido de arrefecimento, que requer um total de 22 litros. Limitado pelo sistema de ignição a 5.600 rpm, o motor rende 350 cv de potência e 55 kgfm de torque, sendo que nenhuma modificação é permitida. Para evitar trapaças os motores saem da fábrica com lacre em todos os parafusos vitais a remoção dos componentes chave. Caso haja a necessidade de reparos, o motor deverá ser removido do carro e enviado a JL. Os escapamentos acompanham o motor e são produzidos em aço inoxidável com saídas independentes por cilindro e fluxo otimizado. As descargas finais ficam localizadas nas laterais, abaixo das portas e não possuem abafadores. A resistência do motor é tão grande que somente uma vez ao ano é necessário efetuar reparos corretivos profundos, como a troca de bronzinas, anéis, velas, entre outros itens. Transmissão Para garantir que toda a potência do motor seja 100% aproveitada, o sistema de transmissão recebe atenção especial, sendo composta por itens de alta resistência a começar pela embreagem, de origem americana e construção tripla, com discos de composto cerametálico (cerâmica), com diâmetro externo reduzido em comparação aos automóveis comuns e ‘chapéu chinês’. O acionamento é feito através de atuador hidráulico. ![]() Apesar do porte, a caixa de marchas pesa apenas 20 kg Quanto à caixa de marchas existem dois modelos liberados pelo regulamento. Elas são a Bertolotti nacional, produzida em Canoas – RS e a Saenz, feita pelos ‘hermanos’ argentinos, de maior custo (R$ 20 mil ante R$ 16 mil da brasileira). A utilizada pela RS Racing é a Bertolotti, de 5 velocidades a frente mais a marcha a ré, de engates seqüenciais e sistema ‘Powershift’, que consiste em um solenóide que efetua o acionamento automático da embreagem no momento de subir as marchas. Somente na hora de reduzir o piloto é obrigado a pisar no pedal da esquerda. Independente do circuito, o regulamento não permite a troca das engrenagens no intuito de alongar ou encurtar a relação das marchas. Apenas a cada duas provas, a caixa é aberta para a manutenção preventiva, incluindo a troca dos rolamentos. O óleo por sua vez é trocado logo após o término de cada corrida. Como a troca das marchas é seqüencial, ou seja, o piloto apenas puxa ou empurra a alavanca num pequeno curso, um mostrador digital é afixado bem ao centro do habitáculo que possui acabamento em placas de fibra de carbono nacionais, para informar através de um número qual marcha está engatada. ![]() Embreagem de três discos garante que toda a força do motor seja aproveitada O diferencial é de origem australiana, da marca Holinger Engineering. Para garantir maior vida útil do componente e diminuir o risco de quebra, os mecânicos preparadores da RS Racing adaptaram um sistema de cárter seco, com mangueiras tipo aeronáuticas, bomba elétrica externa e radiador de óleo. Isto permitiu a diminuição da temperatura interna da peça em 25%. ![]() Freios, pneus e suspensão Para conseguir frear com eficiência este nervoso bólido, o kit de freios é composto de disco Fremax ventilado com cubo flutuante nas quatro rodas, pastilhas Ecopads, servo freio e pinças americanas Wilwood de seis pistões cada. Todas as tubulações são do tipo aeronáuticas, de maior resistência a expansão no momento da frenagem, o que se traduz em maior velocidade de resposta dos freios. O Fluído utilizado é importado, especificação DOT 5.1. Tanto os discos como as pastilhas são fornecidos gratuitamente as equipes pelos respectivos fabricantes. ![]() Discos e pastilhas ‘tamanho família’ equipam os carros da Copa Vicar Os pneus são importados, da Goodyear, com 255 mm de largura e 10,5” de tala das rodas Binno aro 18”. O jogo com quatro unidades de pneus slicks (sem sulcos, para dias ensolarados) custa R$ 4,5 mil e os de chuva, com os sulcos esportivos custam R$ 5,2 mil. A calibragem é feita com gás nitrogênio, de maior estabilidade quando submetido a altas temperaturas e a cada etapa (considerando treino livre na sexta, classificação no sábado e corrida no domingo) cerca de três jogos poderão ser consumidos por cada um dos carros. ![]() Os amortecedores Koni oferecem excelente desempenho nas curvas Curiosidade: Para extrair o máximo desempenho do pneu, a temperatura ideal da superfície deve ser em torno de 185 a 190°C. A suspensão possui braços triangulares independentes nas quatro rodas, com barras estabilizadoras na dianteira e traseira, de buchas esféricas metálicas e de ‘PU’. Os amortecedores importados Koni oferecem regulagem na pré-carga das molas americanas Eibach e seis regulagens da rigidez. A direção possui um sensor que informa o ângulo de esterço do volante a cada curva, que no momento do treino auxilia o chefe de equipe a identificar em qual local será necessário melhorar. Ela é assistida hidraulicamente, do tipo pinhão e cremalheira. Carroceria e chassis A carroceria é produzida em fibra de vidro externamente e fibra de carbono internamente. O chassis é de aço carbono em formato tubular, unido por solda tipo ‘Mig’.Assim como o motor, ambos são fornecidos pela JL Racing. ![]() Imagem do carro parcialmente montado Para garantir maior segurança e integridade física dos pilotos, o regulamento obriga que seja fixado na lateral esquerda o produto denominado ‘Impax’, que nada mais é do que uma forma em fibra de carbono com isopor de alta densidade, para amortecer impactos laterais. A peça custa R$ 3,6 mil. O cinto de segurança é da marca G-Force, com cinco pontos de fixação. Sobre a RS Racing Com mais de 15 anos de existência a RS Racing Drive To Performance, com experiência em competições automobilísticas em cenário nacional e internacional, oferece também todo um trabalho de marketing esportivo e de consultoria através da RS Consult, principalmente de redução nos impostos das empresas através da legislação para incentivo ao esporte. Para mais informações acesse www.rsracing.com.br ou mande um e-mail para contato@rsracing.com.br . ![]() Rui Salles, proprietário e chefe de equipe da RS Racing |
sábado, 19 de junho de 2010
Acelere em 2010 com as picapes mais rápidas do Brasil
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